Na adolescência, meu apelido em casa era Minhoca. Foi um batismo que ganhei do meu irmão caçula. Ele não conseguia acreditar que alguém tivesse a capacidade monstruosa de dormir por tantas horas direto. Minhoca - de dorminhoca. Eu era capaz de dormir por 13h, 14h direto. Não ter hora para acordar era uma dádiva. Coisa de taurina: o que eu gosto mesmo é de comer e dormir.
A maternidade bagunçou com o meu esquema, como não poderia deixar de ser. Depois que tive a Bia, nunca mais dormi direito. A ansiedade também me trouxe de presente uma insônia que nunca mais foi embora. Mas o meu problema sempre foi adormecer. Depois de engatar a primeira, dormiria até a hora que pudesse. Se a Bia fosse passar a noite na casa dos avós ou de uma amiguinha, eu precisava colocar o despertador para 9h se quisesse aproveitar a manhã de sábado para fazer algo.
Mas depois da chegada da Isadora, algo mudou e não parece que terá volta: passei a acordar cedo. Irritantemente cedo, antes-de-as-minhas-filhas-acordarem-cedo. Segunda-feira ou domingo, não importa. Desperto sempre às 6h.
O Luiz está dormindo profundamente e vai ficar naquele estado até o alarme tocar ou alguém chamar. Se ele perceber que eu acordei, não faz diferença. Ele tem a capacidade irritante de virar de lado e voltar a dormir. Eu não. Acordei, já era.
Durante a semana, isso facilitou a criação de um hábito que eu sempre quis adotar. Levanto rasteira e vou escrever no banheiro. Deixo meu caderno lá e aproveito para praticar as páginas matinais com toda a glória do que a Julia Cameron ensina: assim que acordar, antes de fazer qualquer outra coisa.
Mas no fim de semana, me recuso. Tudo que não quero é ter que sair da cama antes do necessário. Me revolto, lembrando a mulher que já fui e que conseguia dormir até o meio-dia sem esforço. Onde ela foi parar?
Sou agitada por natureza e não consigo ficar quieta na cama. Esse virou então o horário da semana em que leio as minhas newsletters preferidas. No escuro, torcendo para ninguém me chamar, só para dar tempo de ler mais uma. E mais uma.
Eu amo ler os textos da
, da e da . Da , e da . As resenhas da , da Sarah Germano, e da e as cartas da . As dicas da , da e da da Lalai Persson são fundamentais. Os textos bíblicos da . As crônicas da , da e da . Os dossiês impecáveis da . As reflexões sobre criação dos filhos da . Ando sentindo falta dos textos da . Essas são as mulheres que fazem companhia na cama no fim de semana.No último domingo, um pequeno milagre aconteceu. Consegui ir até às 7h. A Isadora ainda dormia. Mal deu tempo de ler uma newsletter inteira antes de ela começar a chorar. Ainda assim, valeu a pena: acordar tarde e ter tempo de ler na cama é um luxo.
Oooohh 🥰 abracinhos insones para você! Sempre uma alegria te ler.
Ai Carolinaaaa, sabe 🥹 que honra estar nessa lista com tantas mulheres maravilhosas e fazer parte das suas manhãs, amiga! Por aqui, estou com o cafezinho e sua news, meu momento favorito da manhã também. ❤️