Amigas editoras: Sobre as mulheres que editam meus textos
#Edição 240: Por dentro do processo de escrita desta newsletter
O mundo é dos homens - e até a Barbie já aprendeu esta dura realidade. Na literatura não é diferente - basta pensar nos livros chamados clássicos, naqueles que você leu na escola. Quantos deles foram escritos por mulheres? Mary Ann Evans, autora de Middlemarch, um dos maiores clássicos da literatura inglesa, precisou publicar seu livro sob o nome de George Elliot para ser levada a sério. Virginia Woolf argumenta que se Shakespeare tivesse tido uma irmã tão brilhante quanto ele, ela teria morrido na sarjeta depois de desistir de ter seu talento reconhecido pelo mundo.Por isso não é novidade que o meio literário esteja repleto de casos de grandes amizades femininas, de mulheres que acreditaram e apoiaram as amigas nesse meio tão machista. Hilda Hilst e Lygia Fagundes Telles ou Sylvia Plath e Anne Sexton só para citar dois casos.
Escrever pode ser um ato muito solitário, mas recentemente percebi que não precisa ser assim. Apesar de existir um lado meu que detesta pedir ajuda aos outros, tenho aprendido a recorrer a algumas amigas com uma questão bem pessoal: os meus textos.
Essa partilha tem sido maior que o pavor de incomodar, do que aquele desejo de ser auto-suficiente e de baixa manutenção e até mesmo do que o medo secreto de que a ajuda que preciso seja, no fundo, algo muito besta.
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