Como conversar com os mortos
Dossiê #16: Um livro grifado é melhor do que muito médium por aí
O apartamento da minha avó já não é mais o apartamento da minha avó. Uma família que não conheço mora lá. Os móveis foram doados, assim como a maior parte dos livros. Alguns deles habitam agora as minhas estantes, outros foram distribuídos pela família. Quando passo na frente do antigo prédio e vejo que o balanço que ficava no terraço já não está mais lá, bate uma dor difícil de localizar.
Desde 7 de outubro, dia dos ataques monstruosos do Hamas contra Israel, tudo o que eu mais queria era poder tocar aquela campainha e dar um abraço na minha avó. Apertado. Perguntar a opinião dela sobre tudo que está acontecendo e pedir as dicas de todos os livros que eu precisaria ler para entender melhor o meu próprio sofrimento. Outros já passaram por esta trilha pela qual caminho agora. Eu daria tudo para ter minha avó novamente como guia.
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