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Dicas bacanas de outubro e novembro

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Edição #296: seis livros, uma entrevista, um músico alemão e algumas coisas para ver na TV

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Carolina Ruhman Sandler
nov 29, 2024
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Dicas bacanas de outubro e novembro
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“Sobre o cálculo do volume” está inteiro grifado. Não perde, é bom demais.

Oie!

Estes dois últimos meses foram tão, mas tão corridos que percebi com muito atraso que não havia publicado a nossa edição de dicas bacanas de outubro. Por isso, a edição de hoje é dupla - e tenho muitos livros para indicar. Como estou com em dívida aqui, deixo um pouco mais do paywall aberto para leitores que não são assinantes do plano pago. Tem dica para todo mundo.

Mal tenho visto TV nos últimos tempos. Tudo me deixa ansiosa demais - com a exceção de Shrinking, a série mais fofa da TV (isso que começa com pai ausente, de luto, drogado). Mas enfim. As noites por aqui tem sido de leituras.

Ainda assim, estou cheia de dicas boas. Vem conferir.

Livros

Sobre o cálculo do volume 1, de Solvej Balle (Todavia). Não tenho outra palavra pra dizer além viciada. Este é daqueles livros de mistério que você não quer dormir, precisa ler mais, o que é isso que está acontecendo. É como se O dia da marmota (Bill Murray, amor verdadeiro) fosse literatura de primeira: quando o livro começa, Tara Selter está na 121ª vez em que vive o dia 18 de novembro. Ela está presa no tempo e presa num constante observar de tudo que acontece naquele dia, tentando achar uma forma de voltar ao calendário normal. Nas palavras dela, o tempo se estilhaçou. Este é o primeiro volume desta septologia dinamarquesa que ganhou o Prêmio de Literatura do Conselho Nórdico. A tradução de Guilherme da Silva Braga é maravilhosa. No fundo, a obra de Balle é uma grande reflexão sobre o tempo. Vai por mim.

A odisseia de Penélope, de Margaret Atwood (Rocco). Este livro estava na minha lista desde que li (e me apaixonei pela) Odisseia, de Homero. Nesta novela, Atwood dá voz à personagem de Penélope e às doze escravas que são enforcadas na volta de Ulisses. Penélope teve um casamento arranjado com Ulisses e estava super feliz na ilha de Ítaca até que a prima dela Helena foge com Páris para Tróia - e começa a famosa guerra. Ulisses fica vinte anos fora de casa e Penélope não sabe se ele volta um dia. Enquanto isso, dezenas e dezenas de pretendentes começam a se impor no palácio e a demandar a mão de Penélope em casamento. Eles gastam a fortuna de Ulisses ao longo dos anos e assediam Penélope e suas escravas. Quando Ulisses finalmente volta para casa, ele mata todos os pretendentes e depois enforca as escravas. Homero mal deu voz a estas personagens, e Margaret Atwood resolve corrigir o erro. Mesmo que você não tenha lido o original, A odisseia de Penélope reconta o mito de tal forma que é possível acompanhar tranquilamente. A tradução é de Celso Nogueira. O resultado é um mito feminista.

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