Escrever newsletter me faz uma escritora?
Edição #276: Resistência, idealização e uma série de regras aleatórias
Escrever newsletter me faz uma escritora?
Nos meus piores dias, acho que não. Tenho certeza que eu precisaria de ao menos um livro de ficção para aceitar o título que me soa muito mais do que uma profissão. Escritor tem uma aura de artista e chamar a escrita de profissão pode soar meio crasso. Melhor dizer que é ofício e não fazer nenhuma associação com dinheiro.
Se for autopublicação conta? Ou precisa ter um carimbo de aprovação de uma editora? Melhor ainda se for uma daquelas grandes, que publica os livros mais amados das minhas estantes. E se eu conseguisse? Será que me veria como escritora finalmente, ou acharia que para conseguir tal distinção eu precisaria viver da minha escrita? Publicar mais um, dois, dez livros?
Eu tenho três livros publicados, dois por um grande selo editorial, mas não consigo me relacionar com eles desta forma. São livros sobre finanças - dois de perfil mais técnico e um infantil. Daqueles livros que trazem (ou deveriam trazer) as respostas para todas as perguntas sobre o tema. Quando penso neles, lembro de uma das últimas conversas que tive com minha tia avó. Ela me perguntou quando eu iria publicar um livro e eu a lembrei daqueles três. "Ah, aqueles não valem. Eu quero ver é um livro com as suas histórias", ela retrucou.
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