Vou te falar

Vou te falar

Share this post

Vou te falar
Vou te falar
Great Books: o que torna um livro grande?

Great Books: o que torna um livro grande?

Edição #281: Uma nova disciplina no mestrado

Avatar de Carolina Ruhman Sandler
Carolina Ruhman Sandler
ago 28, 2024
∙ Pago
24

Share this post

Vou te falar
Vou te falar
Great Books: o que torna um livro grande?
2
1
Partilhar

O que Homero, Kafka e Jane Austen têm em comum? Parece até aquela piada do padre, o pastor e o rabino, mas não é. Estes autores - e mais um punhado de mais algumas centenas - populam o panteão do cânone ocidental. Eles foram eleitos como autores do que a literatura tem de melhor.

Me deu até um friozinho na barriga quando me inscrevi para a minha última disciplina do mestrado antes de ter que focar na minha tese: Great Books in Great Contexts. Eu não sabia que existia uma tradição norte-americana de juntar as estrelas do cânone em um único curso - é o famoso Great Books. As aulas começaram nesta semana e estou animadíssima com a minha lista de leituras, que inclui famosíssimos como Homero, Conrad, Mary Shelley, Shakespeare e gente de quem nunca havia ouvido falar antes (Chinua Achebe, Leslie Marmon Silko, Mariano Azuela, desculpem a ignorância).

Quando todos aqueles nomes desconhecidos para mim, me senti desafiada. Primeiro, a impostora que habita em mim veio sussurrar no meu ouvido: como assim você nunca havia ouvido falar neles? Precisei de alguns segundos para me lembrar que é justamente para isso que faço este mestrado: aprender.

Tenho uma fascinação por mitologia grega desde a quinta série e andava satisfazendo esta coceira com o podcast Noites gregas e livros como An Odyssey, de Daniel Mendelsohn (maravilhoso, um tesouro, leia), mas batia sempre uma insegurança de encarar A odisséia de Homero de frente. É como um Everest literário. Agora vou poder fazê-lo neste contexto acadêmico que tanto amo. Desde segunda-feira, estou mergulhada em artigos e aulas para poder começar a encarar este volume hercúleo (sorry, não resisti) da literatura grega.

A empolgação para ler The underdogs, de Mariano Azuela, é menor, é inevitável. Sou produto do hype cultural formado desde a infância na escola, indicações, revistas, livros, filmes, Instagram e afins. A vontade de ler aquilo que todo mundo comenta pode ser maior do que a de descobrir algo que ninguém está falando.

Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias

Subscreva a Vou te falar para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.

Already a paid subscriber? Entrar
© 2025 Carolina Ruhman Sandler
Privacidade ∙ Termos ∙ Aviso de cobrança
Comece a escreverObtenha o App
Substack é o lar da grande cultura

Partilhar