Quando personagens são melhores do que pessoas
Dossiê #13: Sobre empatia e intimidade - e uma lista dos meus personagens favoritos
Na última edição deste dossiê literário, pedi para vocês mandarem dúvidas e sugestões de temas para as novas edições. Para esta semana, escolhi uma pergunta provocativa que rendeu uma edição gostosa. Se você tiver mais sugestões, é só mandar no formulário. Espero que goste da minha resposta!
Por que às vezes é mais fácil gostar de personagens literários do que de pessoais reais?
Depende do personagem e depende da pessoa. Pegue um exemplo das minhas melhores amigas: não troco elas por personagem algum. Mas tem algumas pessoas que eu vou te falar… Quando parei para pensar com calma nesta pergunta, entendi que tem um fator central que nos permite amar certos personagens com o mesmo carinho que dedicamos para nossas pessoas favoritas na vida real: a empatia.
A literatura tem esse poder: ao mergulharmos na vida e na pele dos personagens, conseguimos entender como eles pensam, sentem, sofrem e desejam. Decisões que podem parecer insanas para o mundo passam a fazer todo sentido quando habitamos o fluxo de consciência deles. Nenhuma outra forma de arte nos dá este mesmo acesso ao interior de outra pessoa. Ao dedicarmos horas de vida para aquelas páginas e aquela história, acontece uma dupla transferência: passamos a fazer parte daquele mundo ao mesmo tempo em que aqueles personagens se tornam nossos amigos.
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