Esta edição é um pouco diferente. Ao invés de trazer dicas de livros, resolvi compartilhar de presente para vocês alguns ensaios. Temos só um problema: todos são em inglês. Pensei muito se devia mandá-los, mas eles se tornaram tão especiais para mim que resolvi arriscar.
Estas foram as minhas leituras favoritas da disciplina que estou encerrando agora no mestrado. Como já contei, participei de um workshop de escrita de não-ficção focado em ensaios pessoais e memoirs. Como parte do curso, lemos uma série de textos canônicos do gênero - todos publicados nesta antologia preciosa.
Nossa missão era escolher a cada semana um entre tantos textos, ler e analisar para o restante da turma. A ideia era destrinchá-los para entender o que os torna tão bons. Aos poucos, começamos a entender melhor a técnica, o olhar, o estilo de cada um.
Ler um bom ensaio é acompanhar o pensamento do autor se desenrolar sobre o certo tema. Pode ser um mergulho na infância, como no texto de George Orwell, ou então na busca de si mesma, como no de Virginia Woolf, e do próprio senso de identidade, como no de Adrienne Rich. O ensaio é pura intimidade e vulnerabilidade, como diz Phillip Lopate, o organizador da antologia: é uma confissão, um pedaço de sabedoria, uma fofoca.
“No cerne do ensaio pessoal está a suposição de que há uma certa unidade na experiência humana. Como disse Michel de Montaigne, o grande inovador e santo padroeiro dos ensaístas pessoais, ‘Todo homem tem dentro de si toda a condição humana’. Isso significa que, quando ele falava sobre si mesmo, estava falando, até certo ponto, sobre todos nós”, diz Lopate.
Estou já na fase final da disciplina. Paramos de ler (pelo menos para a aula) os textos dos outros e precisamos agora reescrever, revisar e refinar o noss próprio material. Enquanto faço isso, compartilho com vocês os ensaios que mais amei ler.
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