Vivi uma história bem parecida aos 9 anos, com a revista Querida. Minha mãe me deu a assinatura de presente e foi como um portal aberto pra adolescência. Fiquei tão viciada que uns anos depois guardava todo meu dinheiro do lanche pra comprar Capricho, Atrevida e Toda Teen. Aprendi muitas coisas boas e muitas coisas ruins que tento desaprender até hoje, tipo a informação de que pra ter o "corpo ideal" tinha que pesar 20kg a menos que minha altura (1,57 - 37kg 🫠).
Livia, você tem tanta razão! Essas revistas ajudaram a criar uma cultura péssima com relação aos nossos corpos. Ainda assim, vejo elas como um produto do seu tempo… hoje, seriam impensáveis
Sua história me deixou numa nostalgia só! Enquanto lia seu relato voltei no tempo pra quando eu tinha uns 12 anos,minha mae assinava turma da Mônica pra mim, um dia entrou no quarto dela e me viu lendo a revista “Nova” que ela assinava! Ela tirou da minha mão na hora e me disse eu ainda não tinha idade pra ler aquela revista, e que compraria uma pra minha idade. Quando chegou a primeira edição foi como um ritual de passagem- dos gibis para revistas, eu tinha crescido! E ficava pensando quando será que vou ter idade pra ler a revista da minha mãe? Alguns anos mais tarde, quando eu já tinha uns 17 anos e me mudei de cidade pra entrar na faculdade eu comprei minha primeira nova e ao ler as “páginas lacradas” da revista entendi que tava entrando em uma nova etapa da minha vida... que lembrança boa. Todas essas memórias são uma baita homenagem Mônica.
Nossa, que incrível a sua história! Realmente, essas revistas foram um símbolo do nosso crescimento… E sim, esses comentários todos são uma super homenagem pra Monica. Lindo demais isso
Que bonito! Minha relação com a Capricho dos anos 90 foi similar. Mas o que eu mais amava eram os editoriais de moda realizados em viagens. Tem um de Paris que nunca esqueci. Mônica era maravilhosa! Eu lia a revista da MTV porque era ela editora - pena que durou pouco. Amava os textos dela.
Que relato! Como já te contei, eu também era viciada em Capricho (e detestei a Atrevida hahahaha), assinava, lia de cabo a rabo e arrumei um namorado chamado Soninho (hahahaha) através dos classificados da revista. Que triste a notícia sobre a Monica que causou a revolução na vida de uma geração inteira.
Hahahahha essa história dos classificados vale ouro!! Triste mesmo da Monica. Ela ajudou a moldar a forma como entendíamos nosso corpo e nossa sexualidade (mesmo que magro e heteronormativo). Ainda assim: eu amava a revista!
Uma das publicações que mais me causou trauma na vida. Toda adolescente adorava e eu simplesmente não me via nela. 😢 A ausência de representação “brasileira” era algo gritante e que me cortava profundamente. Era como se a revista falasse: você não eh adolescente, você não eh descolada, você jovem negra, não existe para nós!
Rachel, eu não tenho ideia de como deve ter sido duro. A falta de representatividade era o padrão até tão pouco tempo atrás… Da um alívio ver como aos poucos o mundo vai mudando. Obrigada por contar e trazer seu contraponto - foi a melhor coisa que aconteceu aqui nos comentários 🙏🏻
Que edição linda, me emocionei! A revista da minha infância era a TodaTeen. Tinha uma banca de revistas aqui na cidade e todo mês eu batia ponto atrás da edição. Na época o que estampava as capas era Crepúsculo e todos os personagens haha Lembro com carinho e nostalgia desse tempo.
Nossa! Capricho forever!! Lia todas, desde antes da Monica, eu acho. E tb a acompanhei em outras revistas. Da Capricho, passei para a Nova e para a Claudia e algumas outras.
Era uma delicia esperar pelas edições mensais e, finalmente, estar com elas em mãos.
Lembro da modelo Piera e de uns dois modelos masculinos que eram figurinhas fáceis na Capricho - o Beto e... esqueci o nome do outro. Muitas vezes tb era a Ana Paula Arosio na capa.
Tive uns embates com ela na Pais & Filhos, ficou uma mágoa, mas nunca deixei de admira-la, especialmente por ser a Mônica da Capricho. Melhor revista teen ever, uma instituição, como disse o Júnior.
Bateu uma curiosidade: qual o mangá que sua filha lê? Meu filho está começando a se interessar pelos animes e acho que os mangás serão bons amigos do incentivo à leitura. Rs.
Uau, que sincronicidade com a Monica! A Capricho era uma irmã mais velha pra mim, lembro tão claramente da sensação de quando a revista chegava nas bancas e eu cabulava a aula de inglês na escada do prédio para ler! Apesar de triste, adorei ler por esses dias todos os relatos da turma que trabalhou com a Monica contando sobre a pessoa inspiradora que ela foi ( e é!), que bacana que você fez parte dessa turma também!
Essa foi uma das edições da sua news de que mais gostei. Emocionada aqui. Viva a Monica! Fico pensando se as próximas gerações terão algo tão potente que as guie, que as alimente. Na nossa infância / adolescência, esperar uma revista chegar pelo correio era um ritual, uma educação pra nossa ansiedade (ou não kkk) e havia uma certa escassez que nos obrigava a devorar as coisas. Hoje se fala tanto em engajamento e nunca essa palavra foi tão mal utilizada. E tô com o comentário da Lívia, quando fala do impacto da capricho na nossa percepção sobre o corpo: lembro de me comparar muito com as meninas da revista e ter muitas dúvidas, que por anos ficaram fixadas em mim. E sua filha, que amooooor - amo estratégias. Beijos ♥️
A questão dessas revistas e do nosso corpo foi venenosa mesmo. E ainda assim: um produto do nosso tempo. Alívio ver o mundo mudando. (Mas com tudo, como eu amava aquela revista!)
Eu gostava da Atrevida porque ela trazia um recorte sócio econômico mais parecido com o que eu vivia na época. Tempos atrás fiz uma edição da News falando da capricho, inclusive usei essa capa da Priscila Fantin para falar dos malefícios que percebi ao longo do tempo por conta de uma dismorfia corporal causada pelos anos 1990/00... Claro que tínhamos matérias interessantes, meu interesse era em geral pela cultura pop, como os artistas da malhação, dos filmes e claro, meu maior vicio, a musica. Ainda guardo os recortes do Silverchair de revistas adolescentes da época. Acredito que a Monica teria pensado diferente hoje sobre a revista - como é o espírito do nosso tempo. Fica uma ideia, para quem sabe, um dia escrever para meninas com a Bia! (Eu topo, hein?). Beijocas
CA! Você ALMOÇOU com a Monica, que coisa mais maravilhosa. Embora eu seja uns anos mais velha que você, senti-me dentro dos seus parágrafos: não haverá nada como a Capricho dos anos 90 (ok, comecei a ler em 87, com Piera Paula Ranieri belíssima na capa mês sim mês não). Criei relações imaginárias com aquelas editoras, com tantos personagens, com as modelos da capa (era muito fã da Cindy, que veio a se casar com o Schiliró) – por onde anda a menina que estampou a capa de gravidez na adolescência com um barrigão aos 16, ali por 92 ou 93? Lembro da matéria na qual a Maria Rita conhecia (e tietava) a Luana Piovani, um dos ícones 90s. Enfim, me empolguei aqui, ainda bem que há mais de 20 anos tomei coragem de desapegar de anos e anos de edições guardadas, senão quem ia estar com dor de cabeça amanhã seria eu, virada (re)lendo tudo...
Eu também!!! Doei pilhas e pilhas da revista quando sai da casa da minha mãe… me bateu uma saudades enormes delas, imagina que delícia voltar no tempo assim!
Eu lia a Capricho da minha irmã, 5 anos mais velha que eu. Um dia, eu estava lendo a seção de perguntas das leitoras da Capricho. Cheguei para minha mãe e perguntei: o que quer dizer essa palavra? Foi assim que minha mãe teve que explicar para a filha de 7 anos o que é "masturbação".
Que texto tocante, Carol. Pela nostalgia (aqui dos anos 2000) de ler religiosamente a Capricho, pelo posto de rainhas da enfermaria compartilhado com a filha e por esse final tão agridoce.
Vivi uma história bem parecida aos 9 anos, com a revista Querida. Minha mãe me deu a assinatura de presente e foi como um portal aberto pra adolescência. Fiquei tão viciada que uns anos depois guardava todo meu dinheiro do lanche pra comprar Capricho, Atrevida e Toda Teen. Aprendi muitas coisas boas e muitas coisas ruins que tento desaprender até hoje, tipo a informação de que pra ter o "corpo ideal" tinha que pesar 20kg a menos que minha altura (1,57 - 37kg 🫠).
Livia, você tem tanta razão! Essas revistas ajudaram a criar uma cultura péssima com relação aos nossos corpos. Ainda assim, vejo elas como um produto do seu tempo… hoje, seriam impensáveis
Sua história me deixou numa nostalgia só! Enquanto lia seu relato voltei no tempo pra quando eu tinha uns 12 anos,minha mae assinava turma da Mônica pra mim, um dia entrou no quarto dela e me viu lendo a revista “Nova” que ela assinava! Ela tirou da minha mão na hora e me disse eu ainda não tinha idade pra ler aquela revista, e que compraria uma pra minha idade. Quando chegou a primeira edição foi como um ritual de passagem- dos gibis para revistas, eu tinha crescido! E ficava pensando quando será que vou ter idade pra ler a revista da minha mãe? Alguns anos mais tarde, quando eu já tinha uns 17 anos e me mudei de cidade pra entrar na faculdade eu comprei minha primeira nova e ao ler as “páginas lacradas” da revista entendi que tava entrando em uma nova etapa da minha vida... que lembrança boa. Todas essas memórias são uma baita homenagem Mônica.
Nossa, que incrível a sua história! Realmente, essas revistas foram um símbolo do nosso crescimento… E sim, esses comentários todos são uma super homenagem pra Monica. Lindo demais isso
Que bonito! Minha relação com a Capricho dos anos 90 foi similar. Mas o que eu mais amava eram os editoriais de moda realizados em viagens. Tem um de Paris que nunca esqueci. Mônica era maravilhosa! Eu lia a revista da MTV porque era ela editora - pena que durou pouco. Amava os textos dela.
Nossa! Que presente lembrar daqueles editoriais! Eu tinha esquecido, eram incríveis!
Que relato! Como já te contei, eu também era viciada em Capricho (e detestei a Atrevida hahahaha), assinava, lia de cabo a rabo e arrumei um namorado chamado Soninho (hahahaha) através dos classificados da revista. Que triste a notícia sobre a Monica que causou a revolução na vida de uma geração inteira.
Hahahahha essa história dos classificados vale ouro!! Triste mesmo da Monica. Ela ajudou a moldar a forma como entendíamos nosso corpo e nossa sexualidade (mesmo que magro e heteronormativo). Ainda assim: eu amava a revista!
Uma das publicações que mais me causou trauma na vida. Toda adolescente adorava e eu simplesmente não me via nela. 😢 A ausência de representação “brasileira” era algo gritante e que me cortava profundamente. Era como se a revista falasse: você não eh adolescente, você não eh descolada, você jovem negra, não existe para nós!
Rachel, eu não tenho ideia de como deve ter sido duro. A falta de representatividade era o padrão até tão pouco tempo atrás… Da um alívio ver como aos poucos o mundo vai mudando. Obrigada por contar e trazer seu contraponto - foi a melhor coisa que aconteceu aqui nos comentários 🙏🏻
Que edição linda, me emocionei! A revista da minha infância era a TodaTeen. Tinha uma banca de revistas aqui na cidade e todo mês eu batia ponto atrás da edição. Na época o que estampava as capas era Crepúsculo e todos os personagens haha Lembro com carinho e nostalgia desse tempo.
Ah que demais! Adorei!
Nossa! Capricho forever!! Lia todas, desde antes da Monica, eu acho. E tb a acompanhei em outras revistas. Da Capricho, passei para a Nova e para a Claudia e algumas outras.
Era uma delicia esperar pelas edições mensais e, finalmente, estar com elas em mãos.
Lembro da modelo Piera e de uns dois modelos masculinos que eram figurinhas fáceis na Capricho - o Beto e... esqueci o nome do outro. Muitas vezes tb era a Ana Paula Arosio na capa.
Aprendi muito com a Capricho.
E sinto muito pela Mônica...
Agora, estou aqui nessa “revista” com voce.
Beijos,
A
Que lindo isso, Adriana! Amei ❤️
A Monica morreu? Não acredito!
Tive uns embates com ela na Pais & Filhos, ficou uma mágoa, mas nunca deixei de admira-la, especialmente por ser a Mônica da Capricho. Melhor revista teen ever, uma instituição, como disse o Júnior.
Bateu uma curiosidade: qual o mangá que sua filha lê? Meu filho está começando a se interessar pelos animes e acho que os mangás serão bons amigos do incentivo à leitura. Rs.
Ela morreu… triste demais.
A Bia lê Spy X Family e Demon Slayer. Serviu sim como um mega incentivo pra ela!!!
Uau, que sincronicidade com a Monica! A Capricho era uma irmã mais velha pra mim, lembro tão claramente da sensação de quando a revista chegava nas bancas e eu cabulava a aula de inglês na escada do prédio para ler! Apesar de triste, adorei ler por esses dias todos os relatos da turma que trabalhou com a Monica contando sobre a pessoa inspiradora que ela foi ( e é!), que bacana que você fez parte dessa turma também!
Siiiim! Eu matava aula de educaçao física com a revista de companhia. Você falou tudo: era nossa irmã mais velha. Amei <3
Essa foi uma das edições da sua news de que mais gostei. Emocionada aqui. Viva a Monica! Fico pensando se as próximas gerações terão algo tão potente que as guie, que as alimente. Na nossa infância / adolescência, esperar uma revista chegar pelo correio era um ritual, uma educação pra nossa ansiedade (ou não kkk) e havia uma certa escassez que nos obrigava a devorar as coisas. Hoje se fala tanto em engajamento e nunca essa palavra foi tão mal utilizada. E tô com o comentário da Lívia, quando fala do impacto da capricho na nossa percepção sobre o corpo: lembro de me comparar muito com as meninas da revista e ter muitas dúvidas, que por anos ficaram fixadas em mim. E sua filha, que amooooor - amo estratégias. Beijos ♥️
A questão dessas revistas e do nosso corpo foi venenosa mesmo. E ainda assim: um produto do nosso tempo. Alívio ver o mundo mudando. (Mas com tudo, como eu amava aquela revista!)
Eu gostava da Atrevida porque ela trazia um recorte sócio econômico mais parecido com o que eu vivia na época. Tempos atrás fiz uma edição da News falando da capricho, inclusive usei essa capa da Priscila Fantin para falar dos malefícios que percebi ao longo do tempo por conta de uma dismorfia corporal causada pelos anos 1990/00... Claro que tínhamos matérias interessantes, meu interesse era em geral pela cultura pop, como os artistas da malhação, dos filmes e claro, meu maior vicio, a musica. Ainda guardo os recortes do Silverchair de revistas adolescentes da época. Acredito que a Monica teria pensado diferente hoje sobre a revista - como é o espírito do nosso tempo. Fica uma ideia, para quem sabe, um dia escrever para meninas com a Bia! (Eu topo, hein?). Beijocas
Ai, não fala duas vezes! Imagina como seria incrível????
CA! Você ALMOÇOU com a Monica, que coisa mais maravilhosa. Embora eu seja uns anos mais velha que você, senti-me dentro dos seus parágrafos: não haverá nada como a Capricho dos anos 90 (ok, comecei a ler em 87, com Piera Paula Ranieri belíssima na capa mês sim mês não). Criei relações imaginárias com aquelas editoras, com tantos personagens, com as modelos da capa (era muito fã da Cindy, que veio a se casar com o Schiliró) – por onde anda a menina que estampou a capa de gravidez na adolescência com um barrigão aos 16, ali por 92 ou 93? Lembro da matéria na qual a Maria Rita conhecia (e tietava) a Luana Piovani, um dos ícones 90s. Enfim, me empolguei aqui, ainda bem que há mais de 20 anos tomei coragem de desapegar de anos e anos de edições guardadas, senão quem ia estar com dor de cabeça amanhã seria eu, virada (re)lendo tudo...
Eu também!!! Doei pilhas e pilhas da revista quando sai da casa da minha mãe… me bateu uma saudades enormes delas, imagina que delícia voltar no tempo assim!
Que bonito essa homenagem em forma de texto. <3
Eu lia a Capricho da minha irmã, 5 anos mais velha que eu. Um dia, eu estava lendo a seção de perguntas das leitoras da Capricho. Cheguei para minha mãe e perguntei: o que quer dizer essa palavra? Foi assim que minha mãe teve que explicar para a filha de 7 anos o que é "masturbação".
Hahhahahaha melhor história!!!!
Que texto tocante, Carol. Pela nostalgia (aqui dos anos 2000) de ler religiosamente a Capricho, pelo posto de rainhas da enfermaria compartilhado com a filha e por esse final tão agridoce.
Ai que comentário mais gostoso. Obrigada pelo carinho, Maju ❤️
Monica foi nosso ícone de liberdade. Lindo texto ❤️
Melhor definição, querida!
Mônica transformou tanto a nossa vida com sua carta da editora, né. tantas permissões pra me sentir adolescente ali. texto lindo, Carol <3
Aquelas cartas valiam ouro, Catita!!! Amei como você colocou: permissão de me sentir adolescente. Foi exatamente isso!