Carol, obrigada pelo texto tão humano, tão sincero. Por aqui, percebi há alguns meses que não aprendi a lidar com a raiva. O que sabia, era como escondê-la por não ser "a hora certa" para extravasar. Acabei descobrindo por meio de sintomas no corpo. Agradeço muito por ter começado a tomar mais consciência disso e no meu caso, a atividade física constante foi o que mais me ajudou...na época que o assunto estava em alta por aqui, uma amiga me enviou uma aula de Tae Bo no Youtube (engraçadíssima, por sinal). Se quiser, te passo o link, porque continua sendo uma aula que faço por 20 minutos para extravasar a raiva e suar um pouco :D
Nossa, me identifiquei tanto com o texto. Eu sou essa mãe brava na maioria da vezes. É extremamente difícil sair desse ciclo, principalmente porque quase sempre meus limites foram extrapolados (e nem sempre eu posso fazer algo sobre isso), mas a Yoga e a meditação me traz pro centro do "aqui e agora". Não é fácil, mas seguimos tentando.
Ufa, não sou só eu... acho que estamos todas vivendo sob estresses cotidianos, talvez fruto de uma vida na cidade, mais afastada da natureza, cheia de demandas, de necessidades. Não é fácil, mas a gente pode vencer o monstro, sim...
é reconfortante saber que o monstro vermelho não ataca só aqui, mas tb tenho me perguntado pq dar tanta importância aos pequenos atrasos de pequenas pessoas que só querem brincar. os modelos sociais nos empurram pra uma correria desumana e nos fazem realmente perder do foco o que realmente importa. obrigada por traduzir em palavras essa dualidade tão sentida por aqui tb.
Estou pressupondo que o monstro vermelho que você citou tem a ver com O Monstro das Cores, do livro infantil. E é curioso o quanto esse vocabulário emocional infantil começa a definir a nossas próprias emoções após a maternidade. Passamos a usar palavras que os filhos entendem pra descrever as nossas confusões internas - imagino eu - porque também estamos reaprendendo a lidar com elas. Agora eu sei, por exemplo, que nunca tive permissão de sentir raiva. Porque fui ensinada que isso é errado, porque não me permiti também, e até hoje lido com consequências disso. Pequenos gatilhos trazem muita coisa à tona, e estou aqui pra defender que às vezes tudo que a gente precisa é deixar a raiva vir - sem, é claro, atropelar as outras pessoas ou descontar nelas. Encontrar esse equilíbrio é que são elas. Seguimos tentando.
Nathália, eu tinha esquecido desse livro! Você tem toda razão. Precisamos de uma revisão cultural sobre a raiva para podermos encontrar um lugar saudável para ela em nossos corpos e relações…
Gostaria de comentar sobre dois temas relacionados menos diretamente a este texto:
1- a sua forma sincera e verdadeira de expor seus medos é inspiradora e, para quem escreve acredito ser fundamental no processo de melhoria.
2- eu acredito ter um problema exatamente oposto: acabei desenvolvendo uma forma tão calma e "blasé" de lidar com as coisas, que deixo de me impor para evitar problemas. Ou seja, no meu caso eu preciso aprender a exprimir mais minhas raivas.
O importante é buscarmos sempre ser pessoas melhores.
Acho que meu problema é não demonstrar mais quando estou com raiva. Internalizo tanto meus sentimentos, por achar que os outros vão me julgar, que evito demonstrar quando estou assim. Geralmente, fico apenas calada e já sofro com os olhares e perguntas. Às vezes, a gente só quer sentir mesmo, sem ser questionadas do porquê das coisas.
Adorei essa série, me inspirou muito no assunto viver bem (independente de muito). Sobre a raiva... te entendo totalmente. Já tive fases piores e melhores, mas sinto que nós, como bem se vê nos comentários, estamos cansadas e isso gera explosão também. Descansar pode ser uma boa, para mim ajudou muito.
Ler textos assim e perceber que não somos as únicas a passar por isso é reconfortante... Como é difícil as vezes controlar esse monstro, e a culpa que sinto depois de deixa-lo escapar, principalmente com os filhos, me esmaga!! Por outro lado, eu não acredito que raiva seja um sentimento apenas ruim, pelo contrario, é um força que quando bem direcionada pode nos levar a grandes feitos. Eu mesma já superei muitos medos e e bati varias metas "só de raiva".
Também não acho que seja um sentimento ruim... Mas precisei aqui ver que estava passando do ponto. Não se trata tanto de se controlar, mas sim de aprender a pegar mais leve, sabe?
Nossa, Carol, me identifiquei muito!!! A história da minha vida é contar uma coisa que me indignou/irritou/surpreendeu/deu raiva e alguém (especialmente minha mãe) responder: mas porque você se importou tanto com isso? Eu nunca me importei. Pra mim errada é a pessoa que não tá prestando atenção na história kkkk eu não pretendo deixar de me afetar pelas coisas ou mudar de tópicos de irritação, acho que ser afetada pelo mundo faz parte de quem eu sou e de como eu experiencio o mundo, inclusive como eu sou como artista. Quando estou apática, melancólica, indiferente, aí sim me preocupo. Acho que categorizar as mulheres como raivosas é totalmente patriarcal. Boa sorte pra você! Espero que consiga canalizar suas emoções não pra menos, mas pra pensar e entender o mundo e como ele te toca <3
hahahaha adorei! Luísa, você está coberta de razão: essa restrição da raiva é totalmente patriarcal. Achei lindo isso que você disse: canalizar para entender. Amei <3
Seu conteúdo é um alento! Por aqui, a raiva é imensa e difícil de lidar, pois eu demoro muito pra admitir que estou sentindo - e quando o faço, fico com raiva de estar com raiva rs Haja terapia!
Adorei, muito apropriado, eu acho que quase todas as mulheres (casadas e/ou separadas com filhos) já teve essa sensação de estar fazendo alguma coisa errada, a tal a raiva-culpada. Mas mesmo, hoje, com tanto informação que temos, terapia e tudo mais que existe, as mulheres estão cada vez mais sobrecarregadas.
Engraçado, na hora que entrei no app estava querendo ler algo sobre raiva, já que tive uma crise ontem depois de algo sair do meu controle. Obrigada por me permitir ver que esse sentimento existe, só precisa ser controlando.
Carol, obrigada pelo texto tão humano, tão sincero. Por aqui, percebi há alguns meses que não aprendi a lidar com a raiva. O que sabia, era como escondê-la por não ser "a hora certa" para extravasar. Acabei descobrindo por meio de sintomas no corpo. Agradeço muito por ter começado a tomar mais consciência disso e no meu caso, a atividade física constante foi o que mais me ajudou...na época que o assunto estava em alta por aqui, uma amiga me enviou uma aula de Tae Bo no Youtube (engraçadíssima, por sinal). Se quiser, te passo o link, porque continua sendo uma aula que faço por 20 minutos para extravasar a raiva e suar um pouco :D
Ah, eu quero! Vou amar. Muito legal essa sua reflexão dos efeitos da raiva no nosso corpo. Fundamental perceber... Amei
Aqui está, Carol: https://youtu.be/GKmaZa3hiNo
Se prepare para morrer de rir também :)
Por acaso, li essa semana o conto do Urso da Meia-Lua do Mulheres que correm com os lobos. Quem sabe, também seja uma leitura interessante pra você!
Um beijo!
Oba! Obrigada!
Nossa, me identifiquei tanto com o texto. Eu sou essa mãe brava na maioria da vezes. É extremamente difícil sair desse ciclo, principalmente porque quase sempre meus limites foram extrapolados (e nem sempre eu posso fazer algo sobre isso), mas a Yoga e a meditação me traz pro centro do "aqui e agora". Não é fácil, mas seguimos tentando.
É isso! Dá-lhe meditação nessa hora. Seguimos juntas na luta
Ufa, não sou só eu... acho que estamos todas vivendo sob estresses cotidianos, talvez fruto de uma vida na cidade, mais afastada da natureza, cheia de demandas, de necessidades. Não é fácil, mas a gente pode vencer o monstro, sim...
Tão bom perceber que não estamos sozinhas, não é?
é reconfortante saber que o monstro vermelho não ataca só aqui, mas tb tenho me perguntado pq dar tanta importância aos pequenos atrasos de pequenas pessoas que só querem brincar. os modelos sociais nos empurram pra uma correria desumana e nos fazem realmente perder do foco o que realmente importa. obrigada por traduzir em palavras essa dualidade tão sentida por aqui tb.
Você tem tanta razão, Thais. Vivemos num modelo tão desalinhado com nossas reais necessidades e desejos, não?
Estou pressupondo que o monstro vermelho que você citou tem a ver com O Monstro das Cores, do livro infantil. E é curioso o quanto esse vocabulário emocional infantil começa a definir a nossas próprias emoções após a maternidade. Passamos a usar palavras que os filhos entendem pra descrever as nossas confusões internas - imagino eu - porque também estamos reaprendendo a lidar com elas. Agora eu sei, por exemplo, que nunca tive permissão de sentir raiva. Porque fui ensinada que isso é errado, porque não me permiti também, e até hoje lido com consequências disso. Pequenos gatilhos trazem muita coisa à tona, e estou aqui pra defender que às vezes tudo que a gente precisa é deixar a raiva vir - sem, é claro, atropelar as outras pessoas ou descontar nelas. Encontrar esse equilíbrio é que são elas. Seguimos tentando.
Nathália, eu tinha esquecido desse livro! Você tem toda razão. Precisamos de uma revisão cultural sobre a raiva para podermos encontrar um lugar saudável para ela em nossos corpos e relações…
Gostaria de comentar sobre dois temas relacionados menos diretamente a este texto:
1- a sua forma sincera e verdadeira de expor seus medos é inspiradora e, para quem escreve acredito ser fundamental no processo de melhoria.
2- eu acredito ter um problema exatamente oposto: acabei desenvolvendo uma forma tão calma e "blasé" de lidar com as coisas, que deixo de me impor para evitar problemas. Ou seja, no meu caso eu preciso aprender a exprimir mais minhas raivas.
O importante é buscarmos sempre ser pessoas melhores.
Adorei seu comentário, Daniel. Acho que é exatamente isso - esta investigação e busca constante nos faz sim melhores. Obrigada pelo carinho!
Adorei esse texto Carol! Também sou do time das mulheres raivosas e essa não é uma estrada fácil 🫠
Não mesmo, Liv! Mas saber que não estamos sozinhas já ajuda muito <3
Pode ter certeza que a sua raiva conversou com a de muita gente por aqui (inclusive a minha). Obrigada por esse texto, Carol ❤️
Que lindo isso, Mari! Amei <3
Acho que meu problema é não demonstrar mais quando estou com raiva. Internalizo tanto meus sentimentos, por achar que os outros vão me julgar, que evito demonstrar quando estou assim. Geralmente, fico apenas calada e já sofro com os olhares e perguntas. Às vezes, a gente só quer sentir mesmo, sem ser questionadas do porquê das coisas.
Tão duro isso, né? O sentir a raiva e o julgamento pelo sentimento... Como se não fossemos humanas!
Obrigado pelo desabafo! Aprecio teu olhar cuidadoso sobre a própria dificuldade de lidar com a raiva ❤️
Adorei essa série, me inspirou muito no assunto viver bem (independente de muito). Sobre a raiva... te entendo totalmente. Já tive fases piores e melhores, mas sinto que nós, como bem se vê nos comentários, estamos cansadas e isso gera explosão também. Descansar pode ser uma boa, para mim ajudou muito.
Descansar é fundamental! Eu precisava de férias de todo mundo por aqui kkkk
Ler textos assim e perceber que não somos as únicas a passar por isso é reconfortante... Como é difícil as vezes controlar esse monstro, e a culpa que sinto depois de deixa-lo escapar, principalmente com os filhos, me esmaga!! Por outro lado, eu não acredito que raiva seja um sentimento apenas ruim, pelo contrario, é um força que quando bem direcionada pode nos levar a grandes feitos. Eu mesma já superei muitos medos e e bati varias metas "só de raiva".
Também não acho que seja um sentimento ruim... Mas precisei aqui ver que estava passando do ponto. Não se trata tanto de se controlar, mas sim de aprender a pegar mais leve, sabe?
Nossa, Carol, me identifiquei muito!!! A história da minha vida é contar uma coisa que me indignou/irritou/surpreendeu/deu raiva e alguém (especialmente minha mãe) responder: mas porque você se importou tanto com isso? Eu nunca me importei. Pra mim errada é a pessoa que não tá prestando atenção na história kkkk eu não pretendo deixar de me afetar pelas coisas ou mudar de tópicos de irritação, acho que ser afetada pelo mundo faz parte de quem eu sou e de como eu experiencio o mundo, inclusive como eu sou como artista. Quando estou apática, melancólica, indiferente, aí sim me preocupo. Acho que categorizar as mulheres como raivosas é totalmente patriarcal. Boa sorte pra você! Espero que consiga canalizar suas emoções não pra menos, mas pra pensar e entender o mundo e como ele te toca <3
hahahaha adorei! Luísa, você está coberta de razão: essa restrição da raiva é totalmente patriarcal. Achei lindo isso que você disse: canalizar para entender. Amei <3
Seu conteúdo é um alento! Por aqui, a raiva é imensa e difícil de lidar, pois eu demoro muito pra admitir que estou sentindo - e quando o faço, fico com raiva de estar com raiva rs Haja terapia!
Hahahaha! Obrigada, Vanessa!!!
Adorei, muito apropriado, eu acho que quase todas as mulheres (casadas e/ou separadas com filhos) já teve essa sensação de estar fazendo alguma coisa errada, a tal a raiva-culpada. Mas mesmo, hoje, com tanto informação que temos, terapia e tudo mais que existe, as mulheres estão cada vez mais sobrecarregadas.
Estamos mesmo... Não é à toa que sentimos essa raiva toda!
Engraçado, na hora que entrei no app estava querendo ler algo sobre raiva, já que tive uma crise ontem depois de algo sair do meu controle. Obrigada por me permitir ver que esse sentimento existe, só precisa ser controlando.
Olha que incrível isso! Estamos juntas aqui