Concordo bastante, mas acho também que a literatura nos ensina tanto, enfim.... cansada também dessa sociedade extremamente produtiva em que descansar é pecado. Btw, eu fiz uma sessão de biblioterapia na School of Lige em 2020, pena que não era você. 💔
Siiim, o ponto é exatamente este: a literatura nos ensina tanto, muitas vezes mais do que qualquer guia disto ou daquilo. Nos ensina, sobretudo, humanidade!
Carol, eu sou muito simpática com essa ideia de não precisar ter valor utilitário pra se fazer algo e se concentrar no prazer, e a literatura é algo que facilmente foge desse valor de uso imediato. Mas lendo seu texto fui observando como você mesma foi desenhando sutilmente utilidades de longo prazo: "revigora nosso próprio potencial criativo", "ajuda a entender as escolhas dos outros", "nos sentimos menos sozinhos e estranhos".
Fiquei pensando com isso o quanto tem de humano na busca de sentido, de uma ordenação pro mundo, que é dado a partir dessas construções utilitárias. Não acho que isso faz o argumento perder força porque essa busca de uma versão otimizada nossa continua sendo uma questão muito contemporânea e incômoda para a qual vale olhar (otimizada para quem? Com que finalidade?). Mas acho que é válido observar essa nuance. Até onde vai a utilidade que nos dá sentido? Ou estamos tão viciados nesse olhar que o sentido fora dele se tornou muito difícil de ser construído?
Amei sua reflexão, Carla. Este sentido, da ordenação do mundo, do chamado que o Viktor Frankl nos faz, é fundamental - e acho sim que a literatura ajuda tanto com isso... agora a otimização, a ação que demanda resultados imediatos, desta a nossa viada já está cheia. Acho que o bom é termos espaço para uma alternativa a isto...
Gostei muito do texto e da reflexão da Carla. Pensando alto aqui... Acho que literatura não serve pra nenhum propósito instrumental, mas tem um sentido escondido, senão a gente não se importava com ela. Mesmo o entretenimento serve para algo - que é nos distrair, nos levar para outros lugares e tal. Acho que o grande “truque” da literatura é que a mágica só funciona se vc se aproximar dela com a guarda baixa. Se vc pegar um livro de literatura com uma idea pré concebida do que vai tirar de lá, o livro não se revela pra vc. Ou se torna chato. Só dá certo se vc pegar um livro tipo “me deixa ler essa coisinha aqui que parece bacana”. Se vc chegar no livro tipo “espera aqui que vou ter uma epifania sobre a vida e a condição humana”, não rola. Um livro muito legal, pra ficar na pegada do The School of Life, é o “Arte como terapia” do Alain de Botton. Acho que já escrevi em algum texto que o Alain parece que dá esses títulos pra testar quem vai ter coragem de ler em público (um outro dele chama “how to think more about sex”), mas o livro é de fato muito mais legal do que o título indica. Bjos!
Adorei a ideia de guarda baixa, Ariela. E sim, a literatura nos da tanto - especialmente quando baixamos a guarda. Acho que nos dá, em especial, humanidade. Amei a conversa!
Adorei a ideia de guarda baixa, Ariela. E sim, a literatura nos da tanto - especialmente quando baixamos a guarda. Acho que nos dá, em especial, humanidade. Amei a conversa!
Perfeito!!! Tinha um tempinho que não passava por aqui, mas ler esse texto me ajudou a entender a relação difícil que tenho tido com os livros. Me limitei a leituras uteis e abandonei as leituras inúteis me gerando uma exaustão de leitura.
A literatura é um exercício de transcendência de si mesmo. Nada que transcende volta ao seu estágio anterior. Então nada pode ser mais transformador, sobretudo, íntima e profundamente que a literatura. ❤️
Gente, é tão isso! Sabe que outro dia estávamos conversando sobre o delírio coletivo que foram as eleições e como, fatalmente, as pessoas que leem menos, são as mais susceptíveis ao fake news nosso de cada dia - acho que o ser humano precisa de ficção. Há quem recorra aos livros... há quem não.
Única coisa que acrescentaria é: a arte salva. E sendo a literatura a minha favorita, não tenho dúvidas que não há melhor remédio!
Já fiquei encantada com a biblioterapia e super curiosa!
Boa FLIP e obrigada pelos devaneios, que reverberam tanto aqui!
Lendo seu texto me dei conta de que faz tempo que não leio livros que "não servem pra nada" justamente por conta desse utilitarismo louco. Deu muita vontade de voltar a ler também <3
Concordo, Carol. Mas.acho que a literatura, dos clássicos àquela "de piscina", ajuda com a longevidade e a produtividade. A ficção nos tira do nosso umbigo, dá um pause no estresse crônico e infiltra dados e emoções na nossa mente. Esse conhecimento desconhecido fica lá, navegando nosso subconsciente, e uma hora emerge, nos fazendo refletir e até nos ajudando a desatar os nós desse mundo.
Claro! Concordo totalmente com você. A literatura é remédio pra alma - e justamente por não nos prometer nenhuma cura, nos ajuda mais do que muitas outras leituras!!!
A literatura não serve pra nada, mas serve pra tudo <3
TUDO ❤️
Concordo bastante, mas acho também que a literatura nos ensina tanto, enfim.... cansada também dessa sociedade extremamente produtiva em que descansar é pecado. Btw, eu fiz uma sessão de biblioterapia na School of Lige em 2020, pena que não era você. 💔
Siiim, o ponto é exatamente este: a literatura nos ensina tanto, muitas vezes mais do que qualquer guia disto ou daquilo. Nos ensina, sobretudo, humanidade!
Life...
Carol, eu sou muito simpática com essa ideia de não precisar ter valor utilitário pra se fazer algo e se concentrar no prazer, e a literatura é algo que facilmente foge desse valor de uso imediato. Mas lendo seu texto fui observando como você mesma foi desenhando sutilmente utilidades de longo prazo: "revigora nosso próprio potencial criativo", "ajuda a entender as escolhas dos outros", "nos sentimos menos sozinhos e estranhos".
Fiquei pensando com isso o quanto tem de humano na busca de sentido, de uma ordenação pro mundo, que é dado a partir dessas construções utilitárias. Não acho que isso faz o argumento perder força porque essa busca de uma versão otimizada nossa continua sendo uma questão muito contemporânea e incômoda para a qual vale olhar (otimizada para quem? Com que finalidade?). Mas acho que é válido observar essa nuance. Até onde vai a utilidade que nos dá sentido? Ou estamos tão viciados nesse olhar que o sentido fora dele se tornou muito difícil de ser construído?
Amei sua reflexão, Carla. Este sentido, da ordenação do mundo, do chamado que o Viktor Frankl nos faz, é fundamental - e acho sim que a literatura ajuda tanto com isso... agora a otimização, a ação que demanda resultados imediatos, desta a nossa viada já está cheia. Acho que o bom é termos espaço para uma alternativa a isto...
Gostei muito do texto e da reflexão da Carla. Pensando alto aqui... Acho que literatura não serve pra nenhum propósito instrumental, mas tem um sentido escondido, senão a gente não se importava com ela. Mesmo o entretenimento serve para algo - que é nos distrair, nos levar para outros lugares e tal. Acho que o grande “truque” da literatura é que a mágica só funciona se vc se aproximar dela com a guarda baixa. Se vc pegar um livro de literatura com uma idea pré concebida do que vai tirar de lá, o livro não se revela pra vc. Ou se torna chato. Só dá certo se vc pegar um livro tipo “me deixa ler essa coisinha aqui que parece bacana”. Se vc chegar no livro tipo “espera aqui que vou ter uma epifania sobre a vida e a condição humana”, não rola. Um livro muito legal, pra ficar na pegada do The School of Life, é o “Arte como terapia” do Alain de Botton. Acho que já escrevi em algum texto que o Alain parece que dá esses títulos pra testar quem vai ter coragem de ler em público (um outro dele chama “how to think more about sex”), mas o livro é de fato muito mais legal do que o título indica. Bjos!
Adorei a ideia de guarda baixa, Ariela. E sim, a literatura nos da tanto - especialmente quando baixamos a guarda. Acho que nos dá, em especial, humanidade. Amei a conversa!
Adorei a ideia de guarda baixa, Ariela. E sim, a literatura nos da tanto - especialmente quando baixamos a guarda. Acho que nos dá, em especial, humanidade. Amei a conversa!
A literatura não resolve em nada, mas ajuda em tudo! Tipo abraço. =)
Pra mim, a cada livro ou a cada autor lido, eu ganho alma, profundidade, extensão. É como se eu crescesse - pra dentro e pra fora às vezes também.
Amei isso! Que poesia ❤️
Perfeito!!! Tinha um tempinho que não passava por aqui, mas ler esse texto me ajudou a entender a relação difícil que tenho tido com os livros. Me limitei a leituras uteis e abandonei as leituras inúteis me gerando uma exaustão de leitura.
Olha só! Pega então algo leve pra ler, algo gostoso, sem propósito algum - o propósito pode ser exatamente isso!
A literatura é um exercício de transcendência de si mesmo. Nada que transcende volta ao seu estágio anterior. Então nada pode ser mais transformador, sobretudo, íntima e profundamente que a literatura. ❤️
Que lindo isso, Aline! Amei ❤️
Querida, comecei a minha newsletter. Estou adorando fazer parte dessa comunidade. Qualquer hora venha me prestigiar. 🥰😘
Que demais! Inscrita!
❤️❤️❤️
Ler livro que "não serve pra nada" já me serve pra dar um bom respiro da realidade <3
Tb to na FLIP! Espero poder te encontrar e tietar!!!
Luísa, que pena que não nos encontramos por lá! E sim - o respiro da realidade já é um propósito maravilhoso ❤️
Gente, é tão isso! Sabe que outro dia estávamos conversando sobre o delírio coletivo que foram as eleições e como, fatalmente, as pessoas que leem menos, são as mais susceptíveis ao fake news nosso de cada dia - acho que o ser humano precisa de ficção. Há quem recorra aos livros... há quem não.
Única coisa que acrescentaria é: a arte salva. E sendo a literatura a minha favorita, não tenho dúvidas que não há melhor remédio!
Já fiquei encantada com a biblioterapia e super curiosa!
Boa FLIP e obrigada pelos devaneios, que reverberam tanto aqui!
Concordo com você: a arte salva! A literatura cura tantos males da alma… a biblioterapia tem exatamente este propósito!!
Que delícia! Vou colocar no meu radar para 2023! <3
Que legal! Conta comigo 😀
Lendo seu texto me dei conta de que faz tempo que não leio livros que "não servem pra nada" justamente por conta desse utilitarismo louco. Deu muita vontade de voltar a ler também <3
Ah, então pega um livro, qualquer livro, e retoma esse prazer que é um remédio pra alma!
Nunca me arrependo quando paro alguns minutinhos para ler esta news. Mas hoje... Obrigada, Carolina! <3
Ai que lindo isso! Amei ❤️
Aplausos ❤️
Querida ❤️
Concordo, Carol. Mas.acho que a literatura, dos clássicos àquela "de piscina", ajuda com a longevidade e a produtividade. A ficção nos tira do nosso umbigo, dá um pause no estresse crônico e infiltra dados e emoções na nossa mente. Esse conhecimento desconhecido fica lá, navegando nosso subconsciente, e uma hora emerge, nos fazendo refletir e até nos ajudando a desatar os nós desse mundo.
Claro! Concordo totalmente com você. A literatura é remédio pra alma - e justamente por não nos prometer nenhuma cura, nos ajuda mais do que muitas outras leituras!!!